O que uma Postura pode Fazer por Você

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Que o corpo fala aos outros sobre o que se passa em nossas cabeças, muitos de nós já sabemos.

Como dito no livro O Corpo Fala, de Pierre Weil e Roland Tompakow, a "linguagem silenciosa da comunicação não-verbal" diz muito mais do que as palavras, porque a linguagem não-verbal é inconsciente, não mente. 

Posturas, olhares, gestos, mãos, pernas, braços, revelam a verdade que as nossas palavras não dizem, ou não querem dizer. 


O conhecimento sobre essas questões nos ajuda a desvendar melhor as mensagens implícitas na comunicação com outras pessoas. 

Quando estudamos essas questões passamos a escutar não apenas as palavras mas todos os sinais que o outro nos emite. Podemos tirar melhor proveito de reuniões de trabalho, entrevistas, seleção de pessoas, etc. Em todas as áreas de nossas vidas, podemos melhorar a nossa comunicação aplicando esse conhecimento.

Por exemplo, se você está conversando com alguém que projeta o corpo para traz na cadeira, ele provavelmente não está interessado no assunto / proposta. E se os braços estiverem cruzados, é possível que ele não esteja aberto para a discussão. 

O que me surpreendeu recentemente foram estudos (desenvolvidos por pesquisadores das Universidades de Harvard, Colúmbia, Ohio e Madri) sobre essa conexão mente / corpo, mas com uma abordagem um pouco diferente: como os movimentos e posturas corporais podem moldar o nosso comportamento.

Considerei muito interessantes algumas conclusões desses estudos:
  • Sentar-se ereto e fazer sim com a cabeça aumenta os níveis de confiança em seus pensamentos.
  • Assumir posturas associadas ao poder nos faz sentir mais poderosos e dispostos a correr mais riscos.
  • Assumir posturas associadas à fraqueza aumenta os níveis de cortisol (hormônio do estresse) e reduz os níveis de testosterona (hormônio relacionado à competitividade, entre outras coisas).
  • Manter a cabeça erguida e o sorriso aberto afeta a consciência e a felicidade.
Isso significa que podemos melhorar nosso humor, nossa autoconfiança, nosso bem-estar e consequentemente nossas atitudes e comportamentos, alterando as nossas posturas.

Um bom exercício para o nosso desenvolvimento, é analisar as posturas que temos assumido e o padrão de pensamentos associados a elas, em todas as dimensões de nossa vida pessoal e profissional. A partir dessa identificação e associação, podemos nos “policiar” e assumir as posturas que nos beneficiam. 

Não há dúvidas de que mudanças comportamentais não acontecem magicamente, e não são dependentes apenas das questões posturais, mas certamente cabe à postura uma parte nesse processo, e cabe a nós assumir o seu controle.

Que possamos iniciar a semana com o tronco ereto, a cabeça erguida e um sorriso largo.

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