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As imagens e lembranças do filme “Um Dia de Fúria”,
estrelado por Michael Douglas há alguns anos, me fizeram pensar como aquele
roteiro representa bem o que vivemos em nossa sociedade contemporânea – estamos
expostos a um sem fim de situações, estímulos, demandas, interações, que minam
o nosso equilíbrio e a nossa saúde emocional.
Na rotina frenética em que estamos imersos, situações desgastantes tendem a se acumular e, se não nos mantivermos alertas, e desenvolvermos competências para lidar com essas situações, somos levados a uma sobrecarga emocional, e tal como o personagem do filme, transgredimos os limites, tendo pensamentos, reações e comportamentos negativos, abusivos e nada saudáveis. E as consequências são nefastas para nossa vida familiar, profissional e social.
Na rotina frenética em que estamos imersos, situações desgastantes tendem a se acumular e, se não nos mantivermos alertas, e desenvolvermos competências para lidar com essas situações, somos levados a uma sobrecarga emocional, e tal como o personagem do filme, transgredimos os limites, tendo pensamentos, reações e comportamentos negativos, abusivos e nada saudáveis. E as consequências são nefastas para nossa vida familiar, profissional e social.
Existem muitas receitas para não “enlouquecer” e saber administrar essas situações. A Gilze em seu texto “Melhore seus Relacionamentos” abordou pontos muito importantes sobre
conflitos. O Antônio Carlos em diversos posts tem nos dado dicas preciosas para
o desenvolvimento do autocontrole, como no texto “Quer Superar a Ansiedade e aPreocupação?”. Vale a pena cada uma das reflexões propostas.
Relendo “Inteligência Emocional”, de Daniel Goleman, identifiquei mais algumas questões que também podem nos ajudar nessa busca incessante pelo equilíbrio. O autor relaciona o que ele chamou de “Componentes da Ciência do Eu”, cujas ideias principais transcrevo aqui, com algumas adaptações, para que possamos refletir:
1 – Autoconsciência: observar a si mesmo e saber exatamente o que está sentindo, saber a relação entre pensamentos, sentimentos e reações.
2 – Tomar decisões: examinar suas ações e avaliar as consequências delas; saber se uma decisão está sendo ditada pela razão ou pela emoção.
3 – Lidar com sentimentos: monitorar a “conversa consigo mesmo” para captar rapidamente mensagens negativas como repreensões internas; compreender o que está por trás de um sentimento (por exemplo a raiva, alimentada por uma mágoa); buscar meios de lidar com o medo, a ansiedade, a raiva e a tristeza.
4 – Empatia: compreender os sentimentos e preocupações dos outros e adotar a perspectiva deles; reconhecer as diferenças no modo como as pessoas se sentem em relação às coisas.
5 – Intuição: identificar padrões em sua vida e reações emocionais; reconhecer padrões semelhantes nos outros.
6 – Autoaceitação: aceitar-se tal como é e ver-se sob uma luz positiva; reconhecer suas forças e fraquezas.
7 – Responsabilidade pessoal: assumir a responsabilidade; reconhecer as consequências de suas decisões e ações, aceitar seus sentimentos e estados de espírito, ir até o fim nos compromissos.
8 – Assertividade: declarar suas preocupações e sentimentos sem raiva nem passividade.
Cada um desses componentes carrega em si um “mar” de
conhecimentos, habilidades e competências que precisam ser desenvolvidos para
sua aplicação efetiva. Essa constatação poderia ser desencorajadora para
alguns, principalmente para quem não está habituado a fazer essas reflexões. O
que poderia levar a conclusões como “na prática isso não funciona”. Entretanto,
cabe a cada um de nós o exercício. As “receitas” não transformam magicamente nossa realidade, elas só nos
lembram do que precisamos aprender. É dentro de cada um que o Rio vira Mar. Quanto
mais conhecemos a profundidade da nossa ignorância, mais nos aproximamos da
sabedoria.
Então, minha provocação para esse início de semana, é: se cada um desses componentes fosse um tipo de chuva que ajudasse o seu Rio a se aproximar do Mar, qual(is) deles você escolheria? E como você faria chover?
Que a sua semana seja de chuva abundante!
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