Você sabe o que o iPod, o Google e o Cirque du Soleil têm em comum?

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O iPod, o Google e o Cirque du Soleil são modelos de negócios de sucesso – uma nova forma de empreendedorismo.

Há algum tempo venho pensando em escrever sobre empreendedorismo. Esse tema é muito importante em nosso contexto – somos um país que se destaca em volume de iniciativas empreendedoras, e cada vez mais os movimentos de mercado promovem oportunidades para que se pratique o empreendedorismo, especialmente com o advento da “convergência digital”.

A convergência digital é um fenômeno em que “as tecnologias convergem para criar novas tecnologias e novos produtos; os conceitos convergem para dar forma a conceitos completamente novos; as pessoas convergem para novas comunidades locais, globais, e virtuais”, (Basso, 2003).

Mas, voltando ao empreendedorismo, esse é um tema que, em minha opinião, está um pouco desgastado, e na maioria das vezes é abordado de forma muito abstrata. Por isso, me propus a destacar questões realmente inovadoras e criativas sobre o tema.

Foi então que em minha pesquisa, uma luz especial destacou o material sobre “startups”. Há muitas definições para essa palavra, mas de forma bem genérica pode-se dizer que “startup” significa um grupo de pessoas trabalhando com uma ideia diferente que, aparentemente, pode fazer dinheiro. Ou seja, a criação de um modelo de negócios "repetível e escalável", trabalhando em condições de extrema incerteza.

É uma revolução no empreendedorismo tradicional - que prega todo um passo a passo linear para que você inicie um negócio. Acredito que mesmo nas áreas mais conservadoras, o novo modelo de negócios desenvolvido através das “startups” tem muito a nos ensinar se quisermos inovar no processo de empreender.

Sob esse novo enfoque, uma das questões de destaque é o plano de negócio que, no empreendedorismo tradicional deve ser elaborado antes da decisão de iniciar a operação da empresa. 

Nas startups, busca-se um modelo que:
  • gera valor - ou seja, que transforma seu trabalho em dinheiro,
  • é capaz de entregar o mesmo produto/serviço novamente em escala potencialmente ilimitada, sem muitas customizações ou adaptações para cada cliente,
  • pode crescer cada vez mais, sem que isso influencie no modelo de negócios - crescer em receita, mas com custos crescendo bem mais lentamente.  

E o plano de negócios só deve vir após a validação desse modelo de negócios.

E o que seria um modelo de negócios? Um exemplo é um dos modelos de negócios do Google que cobra por cada click nos anúncios mostrados nos resultados de busca. Outro exemplo é modelo de negócio de recarga, como o dos celulares pré-pagos e impressoras - o equipamento é somente um meio para se obter uma receita recorrente, seja em créditos de celular ou na compra de toners e cartuchos de tinta.

Da mesma forma, O iPod, o Google e o Cirque du Soleil são exemplos de modelos de negócios que foram criados para resolver problemas inexistentes, mas através de muito investimento em marketing, propaganda, pesquisa e desenvolvimento, criaram gradualmente o desejo de compra no consumidor.

É claro que um micro e pequeno empreendimento tradicional não terá o mesmo orçamento de marketing da Apple, mas se fizermos o exercício de “pensar fora da caixa”, reservarmos tempo para nos dedicar ao estudo dos temas envolvidos (modelos de negócios, riscos, conhecimento de mercado), cultivarmos o hábito de planejar, podemos desenvolver ideias brilhantes, ainda que simples, e transformá-las em negócios.

Se você está em um momento de vida em que a curiosidade sobre temas para negócios está aguçada – mesmo que seja sobre oportunidades simples de mercado - , se é capaz de identificar parceiros para o negócio que complementem seu perfil , e já se imagina em um negócio próprio mesmo que seja conciliando com seu atual emprego, meu conselho é “se joga!”, você já está exercitando o modelo startup.

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