Como você quer o seu CHÁ?

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Refletindo sobre o último post “Inspire-se!”, e sobre texto da Gilze “Para o Rio virar Mar...”, hoje eu acordei pensando sobre como temos vontade de saber, fazer e ser coisas que não são exatamente aquelas que sabemos, fazemos e somos atualmente.

Eu escuto muita gente falar sobre essa vontade, e eu mesma estou sempre às voltas com essa questão.

Essa vontade é parte muito importante do processo de crescimento e desenvolvimento pessoal e profissional.  E se ela não estiver presente em nossas vidas é caso de acender a luz de PERIGO, de dedicar-se à compreensão dessa situação, tanto pelos riscos de suas causas - alienação, desmotivação, tristeza, depressão (???) - quanto de suas consequências - a estagnação, para dizer o mínimo.

Nesse caso, um bom começo é fazer-se as “perguntas poderosas” – os "por ques" que desencadeiam a reflexão mais profunda e nos levam para o caminho da solução.

Mas, o que quero tratar hoje é: ok, temos vontade de saber, fazer e ser mais... Mas...! O que de fato fazemos para extrapolar o plano da vontade e seguir para a ação no tocante a melhoria dos nossos Conhecimentos, Habilidades e Atitudes? Nosso CHÁ!?

Ter vontades e não realizá-las é a receita da frustração. E a vida gira muito rápido, como na música do Chico “Roda mundo, roda gigante, roda moinho, roda pião, o tempo rodou num instante, nas voltas do meu coração... ", então, é muito fácil acumular frustrações e nos tornar ranzinzas e infelizes.

Por isso, esse assunto é coisa séria e deve ser tratado como tal. Em sua vida pessoal como você deseja que o seu CHÁ seja? E na vida profissional?

Quais são os conhecimentos que você quer ou precisa adquirir? Quais são as habilidades que você quer ou precisa desenvolver? E quais são as atitudes que você quer ou precisa modificar?

Reflita sobre essas questões, organize-se, tenha disciplina, registre suas ideias, vontades, metas. Inclua em sua rotina, de forma sistemática ou não - depende da maneira como as coisas funcionam pra você - um espaço para dedicar-se ao seu desenvolvimento – reflexão, avaliação planejamento - ainda que não estruturado.

Faça listas, separe uma agenda ou caderno para esses registros, ou use a tecnologia. Não se preocupe com a forma, mas com o conteúdo. O mais importante é fazer desse ritual um hábito que transformará a vontade em realidade.

Pensando nessas questões, lembrei-me de um livro que teve uma grande repercussão na década de 90 – “Virando a própria mesa” de Ricardo Semler.  Entre outras coisas muito importantes sobre gestão, o autor fala como a busca de melhorias leva a inevitáveis erros, e que estes não devem ser vistos como algo negativo pois, se não há erros constantes, não há aprendizado e, provavelmente, não há muita decisão.  Pense nisso, ao refletir e agir sobre o seu CHÁ!

Para finalizar, convido-lhe a refletir sobre a dedicatória do referido livro:

“Este livro é dedicado a Antônio Curt,
que teve a sabedoria de indicar
o caminho do mar ao rio
que insistia em transbordar
para as margens.”

(SEMLER, Ricardo. Virando a própria Mesa)

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